quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Motor Show de Tóquio mostra carros capazes de tomar decisões sozinhos

Modelos futuristas se transformam em robôs sobre rodas.
Tecnologias fazem veículo dirigir sozinho e até avaliar risco de acidentes.

O Motor Show de Tóquio mostra que o carro está deixando de ser apenas um veículo. Está se transformando no mais potente computador ao nosso alcance, em uma central de comunicação e entretenimento e em um robô sobre rodas, capaz de tomar decisões sozinho.
Várias montadoras mostram em Tóquio como esse futuro vai parecer. A Honda apresentou o AC-X. O design futurista do veículo é inspirado no filme “Tron”. A maior novidade do modelo é o volante, que dá lugar a joysticks.
O novo conceito é revolucionário: quando o motorista quiser dirigir o carro, os joysticks surgem na frente dele, saindo debaixo do painel. Caso motorista queira deixar o carro se dirigir sozinho, os comandos se recolhem.

Como o AC-X vai se tornar um carro autônomo, ainda não ficou claro, mas há várias propostas. Uma empresa mostrou um sistema que evita acidentes. O carro percebe que há uma situação de perigo e tira o comando do motorista. A direção, por exemplo, passa a se movimentar sozinha.
O carro tem vários sensores que criam uma zona de proteção em volta dele. Se outro veículo entra nessa área, mostrando um comportamento considerado ameaçador pelo carro, o sistema eletrônico assume o comando, calcula a trajetória provável do veículo perigoso, verifica, pelos sensores, a posição dos outros carros na rua e busca a melhor rota de fuga: tudo em frações de segundos, algo que nem o melhor piloto de Fórmula 1 seria capaz de fazer.
Um equipamento que identifica perigo já é realidade: é o telefone celular. Com um novo aplicativo, o celular, colocado no painel do carro, usa sua própria câmera para avaliar as chances de um acidente.
O representante do fabricante explica que o aplicativo mede a distância entre o carro e o veículo que está na frente, e também a velocidade dos dois, para avaliar o risco de colisão, e mostra, no monitor, o grau de perigo.
O telefone parece definitivamente incorporado ao carro, e não apenas no estilo dos painéis. O celular poderá ser usado como chave e central de dados, armazenando todas as informações, como a posição preferida dos bancos, os endereços dos amigos, da empresa e a agenda de compromissos.
Com todas essas informações, o carro poderá calcular se o motorista está atrasado para um encontro, procurar uma rota com menos tráfego e, se não der mesmo para chegar a tempo, telefonar para o destino, avisando a hora exata em que vai chegar.
O carro será uma central de comunicação, em contato com satélites e câmeras que controlam o trânsito, e também com outros carros. Um carro que carregue uma pessoa doente, por exemplo, vai escolher o caminho mais rápido para o hospital e avisar os outros carros para saírem da frente, porque se trata de uma emergência.
A Nissan apresentou um carro que já faz pelo menos duas tarefas sozinho: sair da garagem sob o comando de um celular, e depois voltar sozinho.
Um conceito que as empresas querem lançar é do veículo que fica entre um carro e uma moto.
Um deles é bem fino e tem quase o tamanho de uma moto e o conforto de um carro. Foi planejado com o pensamento nas mulheres: elas podem entrar, mesmo de salto alto, sem perder a elegância. A cadeira vira e a motorista, com todo o charme, está pronta para enfrentar o trânsito.
Mais elegância, mais conforto e menos botões: já que o carro do futuro vai fazer tudo sozinho, o painel fica cada vez mais limpo. O simulador é de um carro com apenas dois botões para controlar quase tudo: rádio, GPS, ar condicionado. Funcionam como mouses de computador. A vantagem é que o motorista não precisa tirar o olho da rua para escolher a música preferida ou mudar a temperatura.
Com essas novas tecnologias, algumas coisas ficam parecendo mágica, como, por exemplo, abrir a porta de um carro. Dentro do veículo, também não há botões para controlar o monitor de vídeo. O comando é feito com movimentos das mãos, captados por sensores no painel do carro.
Com tantas novidades, dirigir um carro passou a ser coisa do século passado, quando eram engenhocas mecânicas. Com o advento da computação e de aparelhos como o GPS, hoje dirigimos com ajuda dele.
No futuro, dizem os especialistas, a tarefa será relaxar na poltrona e aproveitar a viagem, e deixar que o carro faça tudo sozinho.

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