quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Coordenadoria de Educação e Cpers debateram a greve ontem, na RCC

A coordenadora regional de Educação, professora Meire Garagorry, e o diretor-geral do Cpers, Niemar Quines, participaram do programa Conversa de Fim de Tarde, ontem, para tratar do tema



Um debate democrático, com chances de respostas e perguntas, que foram respondidas com o intuito de esclarecer posições a respeito da greve dos professores.
O programa Conversa de Fim de Tarde, levado ao ar ontem, pelas ondas da RCC FM, teve como personagens principais, além dos integrantes da bancada, a coordenadora da 19ª CRE – Coordenadoria Regional de Educação, Meire Garagorry, o Diretor-geral do 23° Núcleo do Cpers/Sindicato, Neimar Quines, e os professores Juca Sampaio (Cpers) e Gladis Aprato (19ª CRE).
Durante aproximadamente uma hora, a comunidade teve a chance ouvir algumas respostas a perguntas que são a base das razões que levaram os professores a decretarem uma greve na última sexta-feira, em assembleia geral da categoria, ocorrida na capital do Estado.



A Escola Julio de Castilhos permanece com as portas fechadas desde segunda-feira...
Com cordialidade, respeito às opiniões e dando total ênfase à democracia, Cpers e Coordenadoria Regional de Educação expuseram posições e defenderam seus lados no impasse que está criado entre professores e o governo do Estado do Rio Grande do Sul. “Acreditamos que o governo do Estado deveria fazer jus à democracia tantas vezes pregada, e consultar os professores e não impor condições através de decretos. Nossa luta é pela melhoria constante na qualidade da educação e pela defesa da escola pública, tão desmantelada em governos anteriores. Nossa greve agora é também justificada pela necessidade de debater os temas de interesse, não apenas dos professores, mas de toda a comunidade gaúcha”, frisou Neimar Quines. Já a coordenadora da 19ª CRE, Meire Garagorry, disse ter a esperança de que o sindicato e o governo possam sentar na mesma mesa e conversar novamente para que uma solução seja encontrada o mais rápido possível, para que os danos sejam os menores possíveis.
Números


...Enquanto no Rivadávia Corrêa, as aulas transcorrem normalmente em todos os turnos
Ao falar dos números da paralisação em todo o Estado, tanto Cpers quanto 19ª foram apresentados aos dados revelados pela secretaria de Educação do Rio Grande do Sul, que apontou Sant’Ana do Livramento, ao lado da cidade de Cruz Alta, como um dos principais pontos de manifestação no Estado. “Temos três escolas completamente paralisadas e outras quarenta e nove que estão com aulas integrais ou parciais.

Os números que temos até o momento são esses, o que mostra o desejo de pais e alunos e reforça o equívoco que foi a deflagração da greve nesse momento”, salientou a Coordenadora. Para o professor ex-diretor geral do Cpers, Juca Sampaio, a mobilização tende apenas a crescer, não apenas em Livramento, mas também nas demais cidades do Estado, à medida que o debate for crescendo. “Acreditamos que a mobilização será maior. O governo do Estado deve rediscutir uma série de questões com o Cpers e estamos prontos para o diálogo”, frisou Juca. No fim do programa, os dois lados mostraram extrema cordialidade e destacaram que o embate fica apenas no campo ideológico e na defesa das posições que, por ora, estão em lados opostos. “Somos todos professores, colegas de profissão, e lutamos pela mesma causa, por isso é fundamental que nos respeitemos. Esse encontro aqui foi produtivo como espero que sejam todos os demais encontros entre o governo do Estado e a categoria”, finalizou a coordenadora.
Ontem, em Livramento, as escolas Nossa Senhora do Livramento, Julio de Castilhos, ambas na xona urbana do município, e a escola Claudio Moreira, localizada na área rural, haviam interrompido completamente as atividades. As demais escolas mantiveram atividades normais ou parciais. Pelos números apresentados pela 19ª CRE, cerca de 14% dos professores que atuam no município aderiram à greve até o presente momento.

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