quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Dólar avança quase 3% e fecha vendido a R$ 1,86

O dólar comercial subiu quase 3% e superou R$ 1,85 nesta quarta-feira (23), fechando no maior nível desde 4 de outubro em meio ao agravamento da aversão a risco no mercado internacional.

A moeda norte-americana fechou em alta de 2,94%, a R$ 1,86 na venda.


Na semana, o dólar já avançou 4,30%. Em novembro, a alta acumulada é de 9,23% e no ano, de 11,63%.


Na quinta-feira, com o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, o volume de operações tende a ser menor.


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O aumento da aversão a risco no exterior começou após o resultado do índice PMI para o setor manufatureiro da China, que caiu para 48 em novembro e mostrou a maior contração em 32 meses por causa da fraqueza da demanda local.


Mais tarde, a demanda relativamente fraca por títulos alemães em um leilão de bônus inquietou os investidores, que viram um sinal de que a crise na zona do euro está começando a afetar diretamente a Alemanha, maior economia da região.


Aumenta expectativa por intervenção do BC
A subida do dólar aumenta a expectativa entre operadores por uma intervenção do Banco Central (BC). A autoridade monetária ainda não atuou no mercado este mês.


Os leilões de swap cambial funcionam como uma venda de dólares no mercado futuro. Eles foram usados pela autoridade monetária nos últimos dois meses quando o dólar operava em torno de R$ 1,90.


Em audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, no entanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o patamar recente do dólar era "razoável" após várias medidas tomadas pelo governo no primeiro semestre para frear a valorização do real.


Bolsas internacionais
As Bolsas de Valores da Europa fecharam em queda, com o principal índice da região fechando no menor patamar em sete semanas, após uma fraca demanda por bônus alemães em um leilão levantar novas preocupações com o contágio da crise e dados fracos no setor industrial chinês se somarem a temores sobre o débil crescimento global.


O índice FTSEurofirst 300 de ações europeias caiu 1,1%, para 904 pontos, menor nível desde 4 de outubro.


As Bolsas de Valores Asiáticas fecharam em baixa, após a divulgação de dados ruins sobre as fábricas da China e a revisão negativa do crescimento dos Estados Unidos, alimentando temores sobre a economia global.


O índice HSBC de atividade manufatureira chinesa caiu de 51 em outubro para 48 em novembro, o menor patamar desde março de 2009.


As companhias de mineração da Austrália sofreram um golpe duplo: além dos números da China, que é fonte importante de demanda por commodities, a Câmara Baixa do Parlamento australiano aprovou um imposto de 30% sobre os setores de minério de ferro e carvão.

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